Senai Taguatinga sensibiliza alunos sobre pessoas com deficiência
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- Criado: Terça, 06 Dezembro 2016 13:43
Em alusão ao dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado no último sábado (03/12), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF), unidade de Taguatinga, realizou uma palestra de conscientização sobre o assunto para alunos matriculados em diversos cursos. A ação foi realizada nos turnos matutino e vespertino, desta segunda-feira (06/12), e reuniu estudantes e funcionários da instituição.
A palestra contou com a presença de pessoas com deficiência (PcD’s), que estudam ou trabalham no Senai, e relataram sua vivência na instituição e como encontraram na escola a esperança de ter uma vida normal e inclusiva. Por meio do Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI), eles são capacitados e qualificados para atuar na indústria. “A ideia é sensibilizar os estudantes a respeito do assunto. A deficiência é apenas um detalhe na vida de uma pessoa. A aceitação, o respeito e a inclusão é que fazem toda diferença”, explica a interlocutora do Programa no Senai-DF, Ana Luzia Brito.
As unidades do Senai-DF são adequadas para receber pessoas com deficiências diversas, como física, auditiva, intelectual, visual ou múltipla. Estes alunos são matriculados em cursos regulares, conforme interesse apresentado porém, com material didático adequado a cada especificidade da deficiência e acompanhamento de profissionais treinados.
O aluno do curso de Operador de Microcomputador da unidade, Marcos Vieira, fez um breve relato sobre como é a vida após perder a visão. Ele foi vítima de um incidente com arma de fogo há seis anos. Para mexer no computador, ele utiliza um software leitor de tela, o que possibilita realizar atividades na máquina. “Eu fui muito bem recebido no Senai e tive tudo o que precisava para me capacitar”, afirmou. Além disso, o jovem participou recentemente da Olímpiada do Conhecimento 2016 – maior competição de educação profissional das Américas – e recebeu o título de melhor operador de Microcomputador do Brasil, entre pessoas com deficiência, ao competir com outros sete estados.
Já o assistente administrativo do Senai Taguatinga, Carlos Vieira Rodrigues, é deficiente auditivo e trabalha na secretaria escolar da unidade. Apesar da dificuldade de entendimento, André conta que os colegas de trabalho se esforçam bastante para manter uma comunicação. Isso fez com que ele sentisse bastante respeitado e integrado à equipe. “No começo, foi difícil. Mas eu pedia para eles escreverem no papel e eu escrevia também e a gente se entendia. Hoje, a comunicação é melhor”, conta. André falou também da importância de ter um deficiente auditivo na secretaria para atender possíveis pessoas com deficiência semelhante. “Já aconteceu de uma pessoa com problema de audição vir aqui e não conseguir ser entendido. Quando ele viu que eu também era deficiente, ficou muito feliz por conseguir ajuda e ser compreendido”, finaliza o assistente.
Experiência
Alguns alunos voluntários participaram de uma brincadeira lúdica, na qual foram desafiados a viver a experiência de uma pessoa com deficiência. Eles usaram vendas nos olhos, simulando um deficiente visual; protetores auriculares, simulando uma pessoa com problema auditivo e colocaram pedras dentro do sapato para dificultar a locomoção. “É uma sensação muito ruim você ouvir uma pessoa falando e não conseguir ver quem é. Eu pude tirar a venda e descobrir que era, mas uma pessoa deficiente visual não pode fazer isso. Com a experiência de hoje, eu pude sentir na pele o que é viver a vida deles, sem enxergar nada” conta a aluna do curso de Auxiliar Administrativo do Senai Taguatinga, Ana Carolina Bezerra.
Texto: Gabriela Soares
Fotos: Cristiano Costa/Sistema Fibra
Assessoria de Imprensa do Serviço nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF)